quarta-feira, 23 de maio de 2012

As Quatro Leis da Dialética

 1ª Lei a mudança dialética:

Para o materialismo dialético, não há nada de definitivo, de absoluto, de sagrado...(Engels)
A primeira lei do materialismo dialético começa por constatar que nada fica onde está, nada permanece o que é.Eis o que se chama estudar as coisas do ponto de vista do movimento.É o estudo do ponto de vista do passado e do futuro.
Do ponto de vista do materialismo dialético, aprendemos que a sociedade capitalista não sempre foi o que é.Se contatarmos que, no passado, outras sociedades viveram um certo tempo, será de deduzir que a capitalista, como todas as outras, não é definitiva, não tem base tangível, mas, pelo contrário, é para nós apenas uma realidade provisória, uma transição entre o passado e o futuro.

2ª A lei da Ação Recíproca
O encadeamento dos processos, portanto de processo em processo, chegamos ao exame das condições de existência do capitalismo.Temos, assim, um encadeamento de processos, que nso demonstra que tudo influi sobre tudo.É  a lei da ãção recíproca.
As grandes descobertas do céculo XIX
A descoberta da transformação da energia
A descoberta da evolução no homem e nos animais.

3ª  Lei da negação da negação
Que pretende que, no conflito dos contrários, um contrário nega outro e é por sua vez negado por um nível superior do desenvolvimento histórico que preserva alguma coisa de ambos os termos negado.
O feudalismo foi a negação do escravagismo.
O capitalsimo e a negação do feudalismo
O socialismo é a negação do capitalsimo.Ou seja, cada coisa é uma unidade de contrárias.Afirmar isso parece absurdo.Uma coisa e a sua contrária nada tem em comum, eis o que se pensa em geral.Mas, para o materialismo dialético, toda coisa é, ao mesmo tempo, ela própria e a sua contrária, uma unidade de contrárias.
Não há ignorância sem ciência, não há ignorância cem por cento.Um indivíduo, por muito ignorante que seja, sabe reconhecer, pelo menos, os objetos, a sua alimentação;não há nunca ignorância absoluta;existe sempre uma percentagem de ciência na ignorância. , isso é unidade de contrárias.
Há mudança, movimento, onde haja contradição.Esta é a negação da afirmação, e quando o terceiro termo, a negação da negação, se alcança, aparece a solução, porque, nesse momento, a razão da contradição é eliminada, ultrapassada.

4ª Lei da Transformação da quantidade em qualidade ou lei do progresso por saltos
É  lei da transformação da quantidade em qualidade, segundo a qual mudanças quantitativasdão origem a mudanças qualitativas revolucionárias.A dialética reconhece que as revoluções são necessidades.Há mudanças contínuas,mas, acumulando-se, acabam por produzir mudanças bruscas.
Quando a coisa não muda de natureza temos uma mudança quantitativa.Se muda de natureza temos outra coisa, a mudança é qualitativa.Vemos, pois, que a evolução das coisas não pode ser indefinidamente quantitativa: transformando-se, sofrem, por fim, uma mudança qualitativa.A quantidade transforma-se em qualidade.É uma lei geral.Mas, como sempre, não devemos agarrar-nos inicamente a esta fórmula abstrata.Daremos um exemplo bem conhecido: o do homem que apresenta a sua candidatura a um mandato qualquer,Se são precisos 4.500 votos oara obter a maioria absoluta, o candidato não é eleito com 4.499, continua a ser apenas, um candidato.Com um voto mais, a mudañça quantitativa determina uma qualitativa, uma vez que o candidato, que era, se torne eleito.
Esta lei traz-nos a solução do problema: reforma ou revolução.

POLITZER, Georges, Princípios Elementares de Filosofia; tradução Silvio Donizete Chagas 2ª edição, São Paulo, Editora Centauro 2001.

3 comentários:

  1. Olá, Sra. Paula Ribeiro!
    Parabéns por sua iniciativa, de falar sobre Dialética. É uma assunto que aprecio bastante.
    Obrigado.
    Pedro Paulo.

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  2. "São explicitações bem exemplificadas, e, com embasamento no cotidiano"
    Elucidações significativas, embora como conhecimento fluido, indefinido.
    Gostei!

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